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SE APROXIMA LA FIESTA DEL EKEKO

Ao Deus da abundância

Por: da Redação



Todo final de janeiro as cores e cheiros bolivianos tomam conta da Praça Kantuta - este ano a festa promovida pela Associação Gastrônomica Cultural, Folclórica Boliviana Padre Bento, será realizada nas instalações do Clube de Regatas Tietê, na Av. Santos Dumont, 843 Bairro: Ponte pequena (Próximo ao metrô Armênia). A festividade também será festejada na Rua Coimbra, pontos de concetração da comunidade boliviana em São Paulo.

A comemoração é especial: uma homenagem ao dia do Ekeko, o Deus da abundância. Reunidos, bolivianos, peruanos, equatorianos, argentinos e, claro os paulistanos. Nas barracas, pequenos artesanatos chamados alasitas simbolizam os sonhos que os fiéis querem ver realizados no ano que está começando. Há malas, ônibus e carros que representam o desejo de viajar ou voltar à terra natal; saquinhos de arroz e mesas de jantar que remetem à fartura dentro de casa; galinhas que prometem dar um jeito na vida amorosa; maços de dólares, euros, e outras moedas para trazer abonança.

Depois de comprada a alasita, é preciso levá-la para o yatiri, um homem vestido roupas coloridas (poncho de aguayo) gorro de lã de Vicunha (chullo) vai abençoá-la. Só ele pode fazer isso: rega o objeto com álcool, vinho, passa pela fumaça da fogueira, (saumerio) enquanto pede, em aymara (idioma indígena da Bolívia), para o Ekeko realizar o desejo do fiel. Ao final, resta apreciar as apresentações de danças típicas, comer uma empanada, ou salteña, comprar um chá de coca ou uma colorida malha típica e ir para casa, com a enorme esperança de que a vida ainda vai melhorar.








O EKEKO, é um deus da abundância, fecundidad e alegria de origem aimara ou colla, que ainda recebe verdadeiro culto no altiplano andino, sobretudo no solsticio de verão, quando se celebra a feira da Alasita.

É um ídolo que se crê provee de abundância ao lar onde se lhe tributaba oferendas de álcool e cigarros.

Toma a forma de uma pessoa sonriente, ligeiramente obesa, vestida com roupas típicas do altiplano e carregando grande quantidade de bultos de alimentos e outros objectos de primeira necessidade que penduram de suas roupas.

Actualmente a estatueta que o representa tem um orifício apropriado em sua boca para poder lhe introduzir cigarros acendidos, que a estátua (fumaria).

Originalmente o nome proviria do quechua iqaqu (quechua: ekjakjo ).

História
O ekeko é uma deidad venerada desde séculos dantes da conquista do território pelos espanhóis. Seus seguidores achavam que afugentava a desgraça dos lares e atraía a fortuna.

Pensa-se que se originou entre os habitantes da cultura Tiwanaku. Depois da conquista pelos aymaras e depois pelos incas, adoptaram a deidad, e converteram-na em símbolo da fertilidad e a boa sorte.

Em 1612 , o jesuita Ludovico Bertonio, publicou o "Vocabulario da Língua Aymara" onde menciona a esta deidad andina.

Ecaco, I. Thunnupa. Nome de um de quem os índios antigos contam muitas fábulas e muitos ainda nestes tempos as têm por verdadeiras e assim seria bem tentar desfazer esta persuasión que têm, por embuste do demónio.

Deus foi tido destos índios vno a quem llamauan Tunuupa, de quem contam infinitas coisas, dellas muito indignas não só de Deus, senão de qualquier homem de razão, outras atiram algo aos mistérios de nossa fé...Em outras terras, ou províncias do Peru chamam-lhe Ecaco.

Bertonio, Ludovico, 1557-1625. Vocabulario da língua aymara. Juli Povo, Chucuito.

O arqueólogo paceño Carlos Ponce Sanginés opinava que as antiquísimas figuras antropomorfas (com importuna prominente e adendo fálico) seriam da época do Império inca, e antecessoras do equeco da época da colónia.

Manuel Rigoberto Paredes escreveu que estas diminutas estatuetas fálicas seriam remanentes de remotas festas sagradas do solsticio de verão.

Em seus inícios, o Ekeko era de pedra, importunado, tinha rasgos indígenas e não levava nenhum tipo de vestimenta: seu desnudez era o símbolo da fertilidad.

Na colónia o culto à deidad tomou nova força em La Paz (actual sede de governo de Bolívia ) durante o cerco que esta cidade suportou durante o levantamento indígena de Túpac Katari contra o controle espanhol.

A Igreja Católica tentou erradicar seu culto em tempos da colónia, sem maior sucesso, ainda que a imagem chegou a sofrer certas mudanças: foi vestida e seus rasgos alteraram para os de um mestizo.

Hoje em dia, existe na serra sul do Peru como no ocidente de Bolívia a crença de que o ekeko é capaz de conceder os desejos de seus seguidores se estes lhe oferecem uma cópia deles em miniatura, e muitos têm em casa uma imagem para que lhes resolva os problemas, deixando dinheiro a seu lado e mantendo um cigarro acendido em sua boca, que se se consome até a metade é sinal de mau augúrio. As figuras que lhe oferecem são de cerâmica, metal ou pedra reproduciones exactas do objecto de suas petições: automóveis, electrodomésticos e alimentos. Quando se deseja amor, se lhe entregam miniaturas de galos e gallinas. A deidad é conhecida nos diferentes lugares do mundo onde colónias de emigrantes bolivianos têm estendido seu culto.

A figura do Ekeko tomou grande popularidade na província de Buenos Aires (Argentina) durante o período hiperinflacionario dos anos oitenta. Ali seus adeptos tomam-no como uma espécie de patrão da fortuna.


 


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